7 Álbuns emergentes de 1992

A onda de música que chegou às nossas colunas em 1992 trouxe-nos algo que se assemelha a uma Renascença, se quiseres. Estranho, se te opões. Desde o grunge duro que quebrou as suas ondas de sombrio até à eletrónica cintilante que se infiltrou no mainstream, 1992 foi eclético. E no meio de toda esta algazarra, um par de estreias e álbuns de seguimento enviaram reverberações que remodelaram muitas mentes musicais, deixando pegadas firmes nas areias do tempo.

Por isso, vamos fazer uma viagem pela memória e decantar sete álbuns vintage que fizeram barulho em 1992.

1. R.E.M – Automatic for the People (5 de outubro de 1992)

Alternando entre melodias simples de power chord rocker e hinos morosos cheios de neblina, “Automatic for the People” preencheu todos os requisitos para um álbum de rutura. Os R.E.M. nunca deixaram de pressionar a tapeçaria lírica sincera e a automação assombrosa de forma excelente. Basta ouvires “Everybody Hurts” ou “Nightswimming” para voltares a apreciar este álbum genial.

2. Dr. Dre – The Chronic (15 de dezembro de 1992)

O inovador álbum de estreia de Dr. Dre, “The Chronic”, foi apelidado de santuário intocado por alguns. Um LP batizado por diss tracks de bom gosto como “Fuck Wit Dre Day” e groovers relaxados prodigiosos como “Nuthin’ But a ‘G’ Thang”, que ainda hoje se mantém de pé.

3. Tori Amos – Little Earthquakes (25 de fevereiro de 1992)

Esta estréia colocou a fasquia bem alta, não apenas para realizações de cantoras e compositoras, mas também para qualquer álbum focado em cantoras e compositoras. Canções como “Silent All These Years”, “China” e a brutalmente assombrosa “Me and a Gun” colocaram Amos como uma concorrente de longo prazo na cena musical.

4. Pantera – Vulgar Display of Power (25 de fevereiro de 1992)

Canalizando energia bruta e loucura, o Pantera nos ofereceu um dos álbuns de metal definidores da década. De “Walk” a “Mouth for War”, todas as canções assumiram o propósito de existir e lançaram-no num impulso de comboio de carga que nunca perdeu o foco.

5. Rage Against the Machine – Rage Against the Machine (3 de novembro de 1992)

Com uma energia incontida, morbidez, agressividade e letras poéticas e impudentes, a estreia do Rage criou um legado mundial anti-establishment. Lançando êxitos como “Killing in the Name”, os RATM declararam guerra aos sistemas e ao status quo que não passaria despercebido para sempre.

6. Pavement – Slanted & Enchanted (20 de abril de 1992)

Encher as nossas salas com abrasividade atmosférica lo-fi e melodias frágeis que ficam presas na tua cabeça foi ”Slanted & Enchanted”. A estreia dos Pavement ofereceu um desvio da norma do grunge com uma riqueza mais suave e pegajosa, dando brilho a temas introspectivos.

7. Philip Glass – Koyaanisqatsi (reedição de 1992)

Um molde de argila hipnotizante de orgânico instrumental, Philip Glass reeditou “Koyaanisqatsi” em 92. Desdobrando-se como uma roda cósmica extática, esta foi uma reimaginação de composições orquestrais minimalistas, mergulhando os ouvintes numa familiaridade inédita, repleta de catástrofes gratificantes.

Dias, meses e anos viram páginas, mas fatias de reminiscência orgânica como estes álbuns retêm as impressões de lama na margem do rio durante mais tempo. Cada um dos citados acima é um selo emergente, pousando sua influência em cabeças e corações em fila para o tubo de ventilação. Deixa-te encantar de novo ou pela primeira vez. Desperta o amor por estes artefactos musicais que em breve celebrarão 30 anos desde o seu lançamento. Quem sabe, talvez os aches demasiado incríveis.

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